Pular para o conteúdo

Trabalho Informal em 2025: Como Regularizar e Acessar Benefícios

Milhões de brasileiros ainda vivem do trabalho informal, mesmo com avanços nas políticas de inclusão e no mercado digital. Em 2025, mesmo com o avanço da tecnologia, da digitalização e das políticas de inclusão no mercado de trabalho, uma grande parcela da população ainda atua sem registro formal. Seja por necessidade ou por opção, muitos trabalhadores exercem atividades sem contrato assinado, sem carteira assinada e fora do regime de contribuições sociais.

Neste artigo, você vai entender o que é o trabalho informal, quais os riscos de permanecer nessa condição, como se formalizar e, principalmente, como acessar benefícios que garantem mais segurança e dignidade profissional.


1. O que é trabalho informal?

O trabalho informal é toda atividade remunerada realizada sem vínculo formal com empregador ou sem o devido registro legal. Isso significa que o trabalhador não possui carteira assinada, não recolhe INSS e não tem acesso a benefícios trabalhistas como férias, 13º salário, FGTS e aposentadoria.

Exemplos de trabalho informal:

  • Vendas autônomas sem CNPJ;
  • Prestação de serviços sem contrato ou nota fiscal;
  • Trabalhos esporádicos como diarista, motoboy, manicure, entregador;
  • Renda por aplicativos sem registro ou contribuição formal.

Apesar de ser uma saída para muitos brasileiros diante do desemprego, a informalidade expõe o trabalhador à instabilidade, à falta de proteção legal e à exclusão de políticas públicas.


2. Por que o trabalho informal ainda é tão comum?

Existem vários fatores que explicam a permanência do trabalho informal no Brasil, mesmo em 2025:

  • Baixo acesso à informação sobre os caminhos da formalização;
  • Burocracia percebida nos processos de regularização;
  • Medo de pagar impostos e contribuir com o INSS;
  • Falta de incentivo ou fiscalização por parte do Estado;
  • Desemprego elevado em determinadas regiões ou setores.

Para muitos, a informalidade é o único caminho possível para garantir o sustento da família. Por isso, é fundamental disseminar informação e mostrar que é possível formalizar a atividade com facilidade e segurança.


3. Quais os riscos de permanecer na informalidade?

A ausência de registro profissional traz uma série de consequências negativas, especialmente em situações de emergência ou imprevistos.

Principais riscos do trabalho informal:

  • Ausência de cobertura previdenciária (aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte);
  • Falta de direitos como férias e 13º salário;
  • Impossibilidade de acesso a crédito, financiamentos e programas sociais que exigem comprovação de renda;
  • Vulnerabilidade jurídica em caso de acidentes ou conflitos com contratantes;
  • Dificuldade de planejamento financeiro e estabilidade de longo prazo.

Mesmo que pareça vantajoso a curto prazo, a informalidade pode limitar o crescimento e a proteção do trabalhador no futuro.


4. Como se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI)

Uma alternativa prática e acessível para formalizar uma atividade autônoma é se cadastrar como Microempreendedor Individual (MEI). Essa modalidade foi criada para facilitar a formalização de profissionais autônomos e pequenos empreendedores.

Quem pode ser MEI em 2025:

  • Faturamento anual de até R$ 144 mil;
  • O interessado não pode estar vinculado a outro CNPJ ou exercer função de titularidade em outra empresa;
  • Exercer atividade permitida no regime MEI (ver lista no Portal do Empreendedor);
  • Pode contratar apenas um colaborador, com remuneração equivalente ao salário mínimo ou ao piso da categoria.

Vantagens do MEI:

  • Contribuição mensal reduzida (cerca de R$ 70 a R$ 80);
  • Acesso à aposentadoria por idade ou invalidez;
  • Auxílio-doença e salário-maternidade;
  • Emissão de nota fiscal;
  • Possibilidade de solicitar financiamentos voltados para microempreendedores.

Como se registrar:

  1. Acesse o Portal do Empreendedor;
  2. Preencha os dados pessoais e escolha a atividade econômica (CNAE);
  3. Gere o CNPJ e o Certificado de Condição de MEI (CCMEI);
  4. Comece a pagar o DAS mensal e a emitir notas fiscais, se necessário.

O processo é gratuito, digital e leva poucos minutos.


5. Outras formas de regularização

Nem todos os trabalhadores informais se enquadram como MEI. Nesses casos, existem outras formas de contribuir e ter acesso aos direitos.

Contribuinte Individual do INSS:

  • Profissionais autônomos podem contribuir diretamente com o INSS, sem abrir empresa;
  • Basta fazer o cadastro no Meu INSS ou pelo telefone 135;
  • O valor da contribuição varia conforme a alíquota escolhida (5%, 11% ou 20%).

Cooperativas, associações ou sindicatos:

  • Algumas categorias profissionais contam com entidades que ajudam na formalização e na proteção jurídica do trabalhador;
  • É possível realizar contribuições por meio dessas organizações, garantindo acesso a benefícios sociais.

Essas alternativas também permitem acesso à aposentadoria, auxílio-doença, pensão e licença-maternidade.


6. Benefícios ao formalizar a atividade profissional

Regularizar sua atividade traz uma série de vantagens, além da segurança jurídica. A formalização é um passo importante para crescer profissionalmente, ampliar a renda e conquistar novos espaços no mercado.

Benefícios da formalização:

  • Acesso a aposentadoria, seguro por incapacidade e pensão por morte;
  • Possibilidade de emitir notas fiscais e prestar serviços para empresas e órgãos públicos;
  • Facilidade na obtenção de crédito e abertura de conta empresarial;
  • Participação em licitações e programas de incentivo ao empreendedorismo;
  • Comprovação de renda para financiamentos, aluguel e benefícios sociais.

Além disso, o trabalhador formal tem mais visibilidade, confiança dos clientes e melhores oportunidades de parcerias comerciais.


7. Passo a passo para sair da informalidade em 2025

Se você trabalha informalmente e deseja regularizar sua situação, siga este roteiro prático:

  1. Avalie sua atividade e veja se ela se enquadra como MEI;
  2. Caso não se enquadre, estude a possibilidade de ser contribuinte individual do INSS;
  3. Faça seu cadastro no Portal do Empreendedor ou no Meu INSS;
  4. Comece a contribuir mensalmente com o valor correspondente;
  5. Emita notas fiscais quando necessário e mantenha seus registros organizados;
  6. Procure orientação gratuita em instituições de apoio ao empreendedorismo, como o Sebrae, para tirar dúvidas e buscar capacitação;
  7. Mantenha seu CNPJ ou cadastro sempre regularizado para garantir acesso contínuo aos direitos.

Esse passo a passo é simples e pode mudar sua trajetória profissional de forma positiva.


Considerações Finais

A informalidade pode parecer uma solução rápida, mas manter-se fora do sistema legal limita seus direitos, dificulta seu crescimento e te expõe a riscos desnecessários. Em 2025, com ferramentas acessíveis e processos cada vez mais digitais, formalizar sua atividade é mais simples do que nunca.

Seja como MEI, contribuinte individual ou por meio de cooperativas, o importante é dar o primeiro passo em direção à segurança e à dignidade profissional. Com isso, você garante não apenas benefícios imediatos, mas também estabilidade a longo prazo.

Compartilhe este conteúdo com quem ainda trabalha na informalidade. Informação é o primeiro passo para a transformação financeira, social e profissional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *